Como tenho andado numa de pinheiros, resolvi experimentar com duas variedades de pinheiros novas que ainda não vi como bonsai. São duas espécies que têm algumas características que me agradam e, como são bastante novas e foram muito baratinhas, vamos ver se darão alguma coisa no futuro.
O primeiro pinheiro chama-se Pinus Bungeana (nome inglês - lacebark pine) e é oriundo da china. É um pinheiro de 3 agulhas e apresenta uma característica espectacular que é o modo como se vai desenvolvendo a sua casca. Ou seja, a casca vai escamando e caindo como os plátanos, as pseudocydonias, as lagerstroemias, entre outros, criando um matizado de cores no tronco muito interessante em que se misturam tons de verde, cinza e vermelho.
Aqui está uma imagem que mostra a casca característica da árvore.
Este é o pequeno projecto que tenho em mãos.
O segundo pinheiro é da espécie Pinus Leucodermis (bosnian pine) e é oriundo da zona dos balcãs e mediterrâneo oriental, existindo em áreas que vão desde a antiga Jugoslávia até à Grécia e Itália, onde é o símbolo do Parque Nacional de Pollino. É um pinheiro de duas agulhas, com um crescimento lento e compacto, com agulhas curtas e com uma coloração verde escura. É um pinheiro de montanha e é aparentado com o pinus mugo, embora atinja maiores dimensões quando na maturidade. A característica que mais me interessou foi a sua casca que com a maturidade vai fendendo em mosaicos, criando uma espécie de escamas que dão origem à sua alcunha de pinheiro de "pele de lagarto".
Aqui está a plantinha que está na minha posse.
A única intervenção que sofreram foi a retirada da terra (vinham em torrão) e a passagem para os escorredores com um substrato composto por akadama+kyriu na proporção 50-50. Parece-me que reagiram bem e estão a lançar as velas neste momento. São dois projectos muito modestos e que ainda têm muito caminho pela frente. Até pode ser que não se adaptem ao cultivo como bonsai (por algum motivo não se vê exemplares destes por aí na net), mas pelo menos dá para experimentar e aprender.
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